Da Redação
Frente em forma de cunha, para-brisa inclinado, formas aerodinâmicas que transmitiam solidez e segurança, e a traseira estilo hiqh-deck, com grandes lanternas envolventes e a tampa do porta-malas que se abria desde o assoalho.
O Logus estreava em fevereiro de 1993 para definir o estilo dos próximos anos da marca Volkswagen.
Ao comemorar os 30 anos do lançamento do modelo que foi um ícone do design nos anos 1990, a Volkswagen relembra a história do Logus e mostra em detalhes a unidade exposta em sua Garagem II, na fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP).
Mas para conhecer as origens do Logus é preciso voltar a 1º de julho de 1987, data da oficialização da Autolatina.
A união administrativa e fabril entre Volkswagen e Ford tinha a missão de compartilhar tecnologias e, assim, reduzir custos em um momento de crise do mercado sul-americano.
Então líder do mercado nacional, a Volkswagen era sócia majoritária no acordo, com 51% das ações.
Os primeiros carros da joint venture surgiram na década seguinte e, em 1993, foi a vez do Logus, um esbelto sedan de duas portas baseado na plataforma da quarta geração do Ford Escort (que deu origem também ao VW Pointer).
Foi um dos últimos modelos frutos da Autolatina, desfeita oficialmente em 1º de janeiro de 1996.
No curto tempo de vida, o Logus conquistou fãs com bom espaço interno: seu entre-eixos de 2,52 metros garantia folga para os passageiros de trás, enquanto o porta-malas de 416 litros (que chegava a 688 litros com os encostos traseiros rebatidos) acomodava as bagagens de uma família média.
Já os 4,28 metros de comprimento lhe garantiam o devido status de carro médio.O modelo estava disponível nas configurações CL 1.6, CL 1.8, GL 1.8 e GLS 1.8.
No topo da gama, entregava aos clientes equipamentos como alarme acionado na fechadura, vidros elétricos one touch com sistema antiesmagamento, toca-fitas digital com equalizador e ar-condicionado digital, itens até a chegada do Logus disponíveis apenas em modelos de categorias superiores.
À época, o Logus impressionou a imprensa especializada pela ótima posição ao volante e pela ergonomia acertada, com painel de instrumentos completo e controles bem posicionados.
No quesito mecânico, o Logus guardava sob o capô motores 1.6 (de origem Ford) e 1.8 AP (de origem VW), este com 86 cv e 14,5 kgfm de torque.
Seu carburador eletrônico dispensava afogador, mantendo a marcha lenta sempre estável, enquanto o câmbio manual de cinco marchas se destacava pelos engates acionados por cabos, solução que garantia mais precisão.
Para a linha 1994 ficou guardada a versão GLS 2.0, de até 113 cv e com CD Player como opcional.
No mesmo ano estreava ainda a série especial Wolfsburg Edition, diferenciada pelo apelo mais esportivo e cores exclusivas, uma homenagem à sede da Volkswagen na Alemanha.
Após 125.332 unidades fabricadas, a produção se encerrou em dezembro de 1996. A unidade exposta na Garagem II foi produzida em 1995 e suas fotos ilustram esse texto (exceto a do motor).
O modelo, na versão intermediária GL, tem carroceria pintada na cor azul Riviera e interior com bancos com tear Guaecá cinza.
Por debaixo do capô está o motor 1.8 AP. A unidade tem pacote de opcionais que inclui iluminação interna temporizada, travamento elétrico das portas, vidros com acionamento elétrico e fechamento automático das portas.
O Logus da Garagem II rodou apenas 3 mil quilômetros em sua trajetória de carro de testes do departamento de Engenharia da Volkswagen do Brasil.
Fotos: Volkswagen do Brasil / Divulgação
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