Audi lança Q3 Sportback e modelo será produzido no Brasil

Da Redação

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A Audi do Brasil anunciou o início das vendas do novo Q3 com motorização 2.0 TFSI no País.

O modelo já está disponível a pronta entrega nas concessionárias da marca em duas opções de carroceria, SUV e Sportback, importado da Hungria.

A partir do 2º semestre, a produção será realizada localmente na fábrica de São José dos Pinhais (PR).

O modelo será o primeiro da montadora produzido no Brasil com a inédita tração quattro e a transmissão tiptronic de oito velocidades, além de oferecer o maior porta-malas da categoria, segundo a Audi.

O novo Q3 Sportback 2.0 TFSI está disponível em duas versões: Performance quattro (R$ 315,99 mil) e  Performance Black quattro (R$ 339,99 mil).

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Um dos modelos mais icônicos da marca e referência no segmento dos SUVs compactos de luxo, o novo Audi Q3 Sportback é equipado com o motor EA888 2.0 TSFI à gasolina de quatro cilindros com injeção direta e turbocompressor, que desenvolve 231cv de potência e 340 Nm de torque.

A inédita transmissão tiptronic de oito (8) velocidades, por sua vez, proporciona trocas de marchas mais ágeis e precisas.

O conjunto confere ao modelo uma excelente dirigibilidade, estabilidade em curvas e desempenho impressionante, com aceleração de 0 a 100 km/h em 7 segundos e velocidade máxima de 240 km/h, de acordo com a fabricante.

“Nós acreditamos no potencial do mercado brasileiro e estamos muito orgulhosos em retomar a produção em São José dos Pinhais (PR) em breve com este belo carro. O Audi Q3 é uma referência no segmento e best-seller global da marca — ano passado foi o segundo mais vendido, com quase 260 mil unidades comercializadas em todo o mundo. A nova carroceria Sportback atende ao mercado que busca cada vez mais aliar um design contemporâneo com a versatilidade dos utilitários compactos”, afirmou Daniel Rojas, CEO e presidente da Audi do Brasil.

O novo Audi Q3 Sportback 2.0 TFSI possui ombros pronunciados, vincos afunilados e um conjunto óptico invocado, que conferem um visual único e marcante.

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Na dianteira, a grade Singleframe octogonal, com interior em colmeia e moldura cromada (preta na versão Performance Black), segue a linguagem estética da família Q.

As amplas entradas de ar trapezoidais, conectadas por uma lâmina horizontal no para-choques, potencializam a sensação de esportividade. Já os faróis Full-LED, com design plano e retilíneo, integra as luzes diurnas dinâmicas.

Na lateral, o caimento do teto levemente inclinado e a linha de cintura transmitem a sensação de que o veículo é mais comprido até mesmo que o seu irmão Q3 SUV, proporcionando um efeito visual interessante, embora a diferença no comprimento deles seja de apenas 16 milímetros.

Os vincos marcantes na parte inferior das portas reforçam o caráter atlético do SUV Coupé.

A traseira com seu para-choques esportivo, janela ladeada por molduras pretas e lanternas tridimensionais, tornam o conjunto mais harmonioso.

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O design esportivo da carroceria aparece também na cabine, revestida por materiais nobres e com alto nível de isolamento acústico. As linhas horizontais acentuadas aumentam a sensação de espaço interno, enquanto os materiais resistentes que revestem potencializam a robustez.

O painel é dividido em duas partes: superior, que acomoda as saídas de ar-condicionado; e inferior, que integra os comandos de entretenimento, climatização, conectividade e demais operações do veículo.

A ergonomia é reforçada pelo painel central inclinado em 10 graus ao motorista, otimizando a experiência ao volante.

No painel de controle, a central multimídia MMI com tela de 8,8 polegadas sensível ao toque e conectividade aos sistemas Apple CarPlay e Android Auto, é incorporada de forma quase imperceptível por um elegante painel de vidro em preto brilhante, sobretudo quanto desativada.

Já o Audi Virtual Cockpit é composto por uma tela de instrumentos de TFT totalmente digital com 10,25 polegadas e mostra as informações mais importantes do veículo através de imagens e gráficos em alta resolução, com grande detalhamento e efeitos sofisticados.

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Na dianteira, os assentos esportivos possuem ajustes elétricos e posição levemente elevada, garantindo ao condutor inúmeras posições para se acomodar e uma visão panorâmica do caminho.

Os bancos traseiros são divididos na proporção 40:20:40 e possuem inclinação ajustável em até sete estágios. Os passageiros contam com duas portas USB, descansa braço central com dois porta-copos e assentos corrediços (até 130 milímetros) de série, que asseguram um espaço surpreendente para as pernas e joelhos dos ocupantes.

O porta-malas possui fácil acesso e acomoda 530 litros, podendo ser ampliado para 1.400 litros com os bancos rebaixados.

O Audi Q3 Sportback oferece diversão ao volante em diferentes tipos de terrenos graças à direção progressiva, suspensão esportiva e tração nas quatro rodas.

A suspensão transmite agilidade e conforto nos trechos urbanos e estradas sinuosas devido aos ajustes precisos das molas e amortecedores para o mercado brasileiro, com o aumento de 18,5 mm na altura da suspensão dianteira e 13,5 mm na suspensão traseira.

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É possível selecionar diferentes modos dinâmicos personalizando ainda mais a experiência do motorista ao volante.

Já o Audi Drive Select realiza uma série de ajustes no motor, transmissão e direção para proporcionar diferentes tipos de condução ao condutor, que pode escolher entre seis modos: Auto, Comfort, Dynamic, Efficiency, Individual e Off-Road.

Neste último modo, o controle de estabilidade eletrônico altera o sistema de controle de tração para o modo Off-Road, ativando outras funções como o sistema de assistência em declives, que mantém constante a velocidade especificada pelo motorista (até 30 km/h) em descidas e aplica o freio automaticamente.

O controle eletrônico de estabilidade (ESC) pode ser desativado completamente mediante solicitação do motorista.

Entre os itens de conforto e conveniência, estão disponíveis ar condicionado digital com duas zonas, volante multifuncional, diferentes modos de condução e abertura e fechamento elétrico do porta-malas com função hands-free.

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Com nota máxima (cinco estrelas) no EuroNCAP, um dos mais rigorosos testes de segurança em automóveis do mundo, o novo Q3 Sportback oferece diversos itens de segurança aos ocupantes, como assistente de partida em rampa; câmera de ré e sensores dianteiros e traseiros que auxiliam em manobras.

Há, ainda, o Controle de Cruzeiro Adaptativo (ACC) com função Stop&Go; Sistema de som Sonos 3D, com 680W de potência; e o sistema de Aviso de Saída de Faixas (Lane Departure Warning), oferecidos no Pacote Advanced, como opcional (R$ 15 mil), para a versão Performance Black.

O teto solar panorâmico Open-Sky é opcional na versão Performance (R$ 13,50 mil) e de série na Performance Black.

Em relação às dimensões, são 4,50 metros (comprimento); 2,02 metros (largura); 1,56 metro (altura) e 2,68 metros (entre eixos). O peso total é de 1.676 quilos.

O Audi Q3 foi produzido de 2016 a 2018 em São José dos Pinhais (PR). Após um hiato de pouco mais de um ano, entre fim de 2020 e meados de 2022, a Audi voltará a montar dois modelos na fábrica do Paraná: os novos Audi Q3 e Audi Q3 Sportback.

A produção do Audi Q3 com motor 2.0 em suas duas carrocerias será feita em uma linha de montagem exclusiva, a mesma que produziu a geração anterior do SUV até 2019.

Os modelos chegarão no porto de Paranaguá divididos em conjuntos de peças e partes vindos da fábrica de Györ (Hungria), para a montagem em solo brasileiro.

Audi-Q3-Sportback-Performance-Black-1_7fb96b6fFotos: Audi / Divulgação

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Pulse Drive CVT é a versão mais econômica do modelo

SUV equipado com motor 1.3 chegou a fazer 21 km/l na nossa avaliação

Amintas Vidal* (Publicado no Diário do Comércio – Edição: 27/05/2022)

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Como informamos em outras avaliações do Fiat Pulse, o modelo sofreu com a falta de semicondutores nos seus primeiros meses de comercialização.

Lançado no fim de outubro de 2021, ele registrou grande número de encomendas em poucas semanas, mais de 9 mil unidades, porém, apenas 6.724 exemplares foram emplacados em, praticamente, dois meses de mercado.

Contudo, sua média mensal neste período foi de 3.362 unidades.  Hipoteticamente, se essa fosse a sua venda em todos os meses do ano passado, ele fecharia 2021 com 40.344 emplacamentos, o suficiente para ser o quinto SUV compacto mais vendido, logo a frente do Honda HR-V, do Volkswagen Nivus e do Nissan Kicks, fortes concorrentes diretos.

Este ano, ainda com produção reprimida por escassez de componentes eletrônicos, o Pulse fechou o primeiro quadrimestre com 14.249 emplacamentos, coincidentemente, a mesma quinta colocação na categoria.

Mas ele foi o SUV compacto mais vendido em abril, registrando 5.520 unidades, segundo dados fornecidos pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

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Se conseguir manter o alto volume de abril nos próximos meses de 2022, provavelmente, ele disputará a liderança da categoria com o Volkswagen T-Cross, o Hyundai Creta e o Jeep Renegade, respectivamente, os atuais líderes do ranking de vendas.

O DC Auto recebeu o Fiat Pulse Drive 1.3 CVT para avaliação, a versão automática mais em conta do modelo. Com motor aspirado e câmbio continuamente variável, ela estreou custando R$ 89,99 mil. Atualmente, no site da montadora, seu preço já alcançou os três dígitos, registrando R$ 101,99 mil.

Neste valor, a carroceria vem na cor preta sólida. As outras cores sólidas custam R$ 983,00, as metálicas, R$ 1,97 mil e, a branca perolizada, R$ 2,31 mil.

Os principais equipamentos do Pulse Drive são: multimídia com tela de 8,4 polegadas e Apple CarPlay e Android Auto sem fio; ar-condicionado digital; volante com regulagem em altura e comandos de áudio, telefonia, computador de bordo e controlador de velocidade; vidros elétricos dianteiros e traseiros com um toque e rodas em liga leve de 16 polegadas escurecidas com pneus 195/60 R16. 

Maçanetas e capas dos retrovisores pintadas na cor da carroceria são as únicas diferenças entre o Pulse Drive CVT e o Pulse Drive manual.

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Em segurança, alguns equipamentos se destacam: 4 airbags; controles de tração e estabilidade; controle de saída em inclinações; TC+ (controle de arrancada com baixa aderência); faróis e lanternas em LED; sensor de pressão dos pneus e sensores de estacionamento traseiros.

Motor e Câmbio – O motor é o Firefly 1.3 aspirado. Este bloco com quatro cilindros, oito válvulas, comando simples tracionado por corrente, com variação de abertura na admissão e na exaltação e que conta com alta taxa de compressão, 13,2:1, rende a potência de 107 / 98 cv às 6.250 rpm e torque de 13,7 / 13,2 kgfm às 4.000 rpm sempre com etanol e gasolina, respectivamente.

O câmbio é o automático CVT, o sistema que tem a variação continua das relações de marchas. A Fiat programou sete (7) relações específicas para simular o uso de marchas escalonadas, no modo manual ou quando o motor é mais exigido.

Em termos de mecânica, o Pulse tem três configurações de powertrain. Já tínhamos avaliado duas: o motor 1.3 aspirado, com câmbio manual, e o motor 1.0 turbo, com câmbio CVT.

Essa é a terceira e última, a combinação do motor 1.3 aspirado com o câmbio CVT. Existem diferenças dinâmicas, em conforto e consumo entre as três configurações.

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Resumiremos as características estruturais e os equipamentos que são comuns a todas as versões Drive e mostraremos as diferenças provenientes deste conjunto mecânico em relação aos demais.

O Pulse é uma grande evolução do hatch Argo. Sua plataforma foi reconstruída com aços especiais, transformando o SUV em um modelo superior, em dinâmica e segurança, em relação ao dois volumes.

Já na carroceria, seu capô e para-lamas dianteiros foram elevados e redesenhados, assim como as grades e faróis, conferindo robustez e grande diferenciação estética em relação ao Argo.

As portas, o para-lama traseiro, a estampagem lateral e o teto são os mesmos do hatch. Um prolongamento metálico do teto e um grande aerofólio plástico foram agregados à nova tampa do porta-malas, essa, igualmente projetada para trás, criando um volume traseiro destacado.

Suspensões elevadas e peças plásticas adornando a carroceria completam a caracterização fora de estrada, artifício comum aos aventureiros e SUVs.

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Interior – Internamente, a Fiat não economizou no Pulse. Painéis inteiramente novos foram projetados. Seguindo estilo mais atual, orientados na horizontal, eles criaram uma cabine inédita para o modelo.

Redesenhados, os bancos dianteiros ganharam novas formas e espuma mais rígida que seguram e sustentam melhor o corpo.

Essa versão de entrada é simplificada. Tirando o friso cinza do painel principal, todas as outras partes grandes são feitas em plástico preto, sem aplicação de cores.

Pequenas peças têm detalhes imitando alumínio ou cromado, melhorando a aparência das mesmas. O tecido dos bancos também é simples, monocromático, preto e cinza.

Na cabine do Pulse, quatro adultos e uma criança se acomodam com conforto para um modelo compacto, sem sobras. Em relação ao Argo, o Pulse tem ergonomia mais acertada.

Além das modificações nos bancos dianteiros, volante e pedais apresentam melhor alinhamento e os botões dos vidros elétricos estão menos recuados, mais ao alcance das mãos.

A volumosa alça das portas dianteiras do Argo foi eliminada, ampliando o espaço para as pernas de quem vai à frente no Pulse.

Os números que homologaram o Pulse Drive CVT como um SUV pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) são: 20,3° de ângulo de entrada; 31,4° de ângulo de saída; 21,3° de ângulo central e 188 mm de vão livre do solo. A capacidade de submersão é de 400 mm.

Frente e traseira encorpadas ampliaram o comprimento do Pulse em relação ao Argo: foram mais 11cm, registrando 4,10 metros. As molduras das caixas de roda garantiram 6 cm extras na largura, chegando a 1,78 metro.

Suspensões elevadas, rodas e pneus maiores e o rack no teto somaram 7,8 cm à altura, que atingiu 1,58 metro. Mudanças no ponto de fixação da suspensão ampliaram em 1,1 cm a distância entre eixos, ficando com 2,53 metros.

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Aferido pelo novo método adotado pela Fiat, o porta-malas do Pulse comporta 370 litros, mas, aparentemente, o espaço foi pouco alterado, cabendo, no máximo, 310 litros. São 10 litros a mais do que no Argo.

O tanque de combustíveis comporta 47 litros, 1litros a menos do que no hatch. O Pulse Drive CVT pesa 1.187 kg, 57 kg a mais que o Argo Trekking 1.3 manual, o Argo mais pesado oferecido atualmente. Ambos suportam 400 kg de carga útil.

Equipamentos – Os inúmeros equipamentos internos são controlados por botões físicos, giratórios para as funções principais e de pressão para as secundárias, arquitetura ideal. Alguns sistemas apresentam operação duplicada, também podendo ser controlados por toques na tela do multimídia.

O ar-condicionado de zona única é eficiente em volume de ventilação, tempo de resfriamento e manutenção da temperatura. Ventilação e temperatura são ajustadas por rotação em um único botão, bastando pressioná-lo para comutar entre elas.

As funções comandadas aparecem em barras na tela do multimídia. Neste, também existe uma página dedicada ao sistema para operação totalmente por toques na tela. Não ter saídas de ar traseiras é a única falha deste equipamento.

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O multimídia espelha sem fio o smartphone, estável e rapidamente. O computador de bordo é completo e oferece informações múltiplas e facilmente comutadas.

Seu display fica centralizado entre os ótimos mostradores analógicos, mas ele é monocromático, não é dos maiores e apresenta informações em tamanho apenas razoável.

O sistema de som é simples. Tem boa qualidade em todas as frequências, mas pouca potência para reproduzir músicas de aplicativos de streaming em alto volume, limitação recorrente em equipamentos não assinados por marca especializada em sonorização.

O volante traz os comandos para quase todos estes equipamentos e recursos. Os botões são bem dimensionados, distribuídos e identificados. Computador de bordo e telefonia à esquerda, controlador de velocidade à direita e sistema de áudio atrás. Esses últimos são de utilização “cega”, os mais seguros.

Os sensores traseiros de estacionamento são essenciais, pois o Pulse tem frente e traseira muito altas, assim como a coluna “C” avantajada. Fazem falta os sensores dianteiros e a câmara de marcha à ré com linhas guias dinâmicas, o conjunto que seria ideal para amenizar essas limitações de visibilidade.

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Rodando – A direção elétrica é muito leve em manobras, mas poderia ser mais progressiva, pois fica mais pesada do que o ideal em velocidades intermediárias. Rodas menores e pneus com ombros mais altos mudam a resposta direcional desta versão.

Ao esterçar, o Pulse Drive movimenta a carroceria lateralmente, mais do que a versão Impetus, essa equipada com rodas 17 polegadas e pneus mais baixos.

É uma reação que causa uma sensação de flutuação não muito agradável, mas este conjunto de rodas e pneus entrega mais conforto de marcha sobre pisos irregulares, com menor transferência de vibrações para o interior do SUV.

Uma nova estrutura da suspensão foi projetada para o modelo. Ela isola muito bem a cabine e entrega estabilidade em curvas, com inclinação contida da carroceria, em uma condução responsável.

Certamente, o monobloco reforçado influenciou neste comportamento. A estrutura não aparentou torcer ao circularmos em estradas de terra com grandes desníveis no piso, pois os painéis plásticos não rangiam, como é comum em monoblocos menos rígidos.

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Modelo surpreende em condições ruins de tração

A grande surpresa foi o comportamento do Pulse em estrada de areia fofa. No primeiro trecho crítico, sem ativarmos o TC+, ele quase atolou, pois o controle de tração agiu como faz sobre o asfalto, cortando a alimentação, visando diminuir o torque do motor, buscando retomar a tração.

No restante desta estrada, usamos o TC+. Passamos por diversos outros atoleiros. Mantendo marcha reduzida no modo manual, curso médio do acelerador para garantir giro próximo às 4.000 rpm, regime de maior torque deste motor, o Pulse CVT deslizou sobra a areia e respondeu bem ao contra esterço do volante, corrigindo a trajetória. 

Ele copiou grandes ondulações do piso sem bater o fundo do carro, trabalho difícil para veículos 4×2 e com suspensões normais, algo que percebemos ao encontrar no caminho diversas peças plásticas de acabamentos inferiores de para-choques deixadas por outros motoristas. 

O câmbio CVT com conversor de torque, conjunto pouco apreciado por quem gosta de carros para o fora de estrada, neste caso, se mostrou vantajoso.

Por não ter acoplamento físico por embreagem, sistema suscetível ao superaquecimento, ele manteve tração eficiente nos momentos mais difíceis, na travessia destas partes de areia mais volumosas.

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Enfim, o Pulse 1.3 CVT mostrou-se menos “SUV de shopping” do que os seus concorrentes que não contam com estes recursos.

Outra qualidade do câmbio CVT influencia no conforto acústico, este, muito superior ao entregue pelo câmbio manual.

A grande amplitude entre a marcha mais curta e a mais longa alcançável faz o motor 1.3 aspirado manter a sua rotação abaixo das 2.000 rpm circulando aos 110 km/h.

Relação até mais longa que estes mesmos equipamentos apresentaram na Strada CVT. Provavelmente, diferença no diferencial da picape que precisa ser mais curto para o modelo se deslocar melhor quando carregado.

Essa característica tornou o Pulse 1.3 CVT o modelo Fiat, bicombustível e automático, mais econômico que já avaliamos. A avaliação foi totalmente realizada no estado do Rio de Janeiro, na Região dos Lagos, em um percurso total de 527,8 km e com gasolina no tanque.

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Consumo – A média, circulando 70% em estradas e 30% em cidade foi de 18,1 km/l, conduzindo economicamente. Em longos trechos de estradas, nós atingimos ótimas médias. Na melhor delas, em um trecho de 158,5 km, o consumo foi de 21 km/l.

Quando avaliamos o Pulse com motor 1.0 turbo e câmbio CVT, ele estava com etanol no tanque. Sendo assim, não podemos comparar o consumo dos dois devido aos combustíveis distintos utilizados.

Seria possível que este conjunto sobrealimentado, usando gasolina, atingisse médias melhores do que estas que fizemos com o motor 1.3 aspirado, mas não acreditamos.

A Fiat optou por entregar ao mercado os motores turbo mais potentes do Brasil e, muito por isso, eles não são os mais econômicos. Não dá para ganhar nas duas pontas ao mesmo tempo.

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Desempenho – Mas, este conjunto do motor 1.3 aspirado com o câmbio CVT não entrega só vantagens. Por atingir seu torque máximo apenas às 4.000 rpm, o motor fica fraco antes das 3.000 rpm, exigindo maior curso no acelerador para o Pulse deslanchar.

Como recurso, o câmbio usa uma relação reduzida para o motor alcançar rotação ideal de torque rapidamente, mantém esse regime e vai multiplicando as relações para o SUV embalar.

Acusticamente, essa característica é um incômodo, algo que não ocorre com o motor 1.0 turbo, pois seu torque máximo encontra-se às baixas 1.700 rpm.

Com aceleração total, as sete marchas pré-programadas são comutadas em sequência, quase como um câmbio automático convencional, garantindo desempenho satisfatório em uma condução segura e responsável.

Este conjunto não deixa o Pulse muito esportivo, é certo. Ele necessita de 11,4 segundos para ir de 0 a 100 km/h, 2 segundos a mais do que com o motor 1.0 turbo.

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Mas, o conforto acústico com pouco curso no acelerador é igual e a economia de combustível é superior quando comparamos às versões turbo do Pulse, uma troca que pode ser muito interessante para quem busca mais eficiência energética do que desempenho.

Quando avaliamos a versão Drive manual do Pulse, informamos que valeria a pena pagar a diferença de R$ 8,29 mil para comprar a automática.

Agora, as duas versões estão mais caras, mas essa diferença caiu para R$ 7 mil, tornando a Drive 1.3 CVT ainda mais vantajosa.

Existem três pacotes de opcionais para essa versão. O conjunto mais caro custa R$ 4,23 mil e, em nossa opinião, é o melhor do trio.

Ele traz chave presencial e câmera de marcha à ré, equipamentos que mudam a usabilidade do modelo. Além desses itens, carregador de celular por indução eletromagnética e teto pintado em preto completam o pacote.

Acima desta versão, existe a Drive 1.0 turbo CVT. Custando R$ 8 mil a mais do que essa avaliada, ela só se justifica para quem quer mais desempenho, mesmo perdendo em economia de combustível.

20220507_121701Fotos: Amintas Vidal

*Colaborador

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Novo Peugeot 208, com motor 1.0, é lançado com divergência de preços

Da Redação

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A Peugeot retorna com força total a uma parcela extremamente importante no país, o de hatches compactos equipados com motor 1.0.

A resposta é o novo 208 1.0, que está disponível em duas versões (Like e Style), e chega com valor de lançamento de R$ 72,99 mil, uma oferta extremamente competitiva em sua faixa de atuação, especialmente ao se conhecer todos os itens presentes na composição do produto.

O Peugeot 208 utiliza o mesmo motor 1.0 do Fiat Argo. O motor 1.0 Firefly de três cilindros é fruto de uma sinergia Stellantis, o que envolveu sua aplicação na plataforma CMP e o desenvolvimento local feito de maneira conjunta com equipes de engenharia Stellantis em Porto Real (RJ), Betim (MG) e Palomar (Argentina).

Bicombustível, o motor 1.0 Firefly traz a arquitetura de duas válvulas por cilindro com geometria do conjunto aprimorada, que melhora o rendimento do motor em giros reduzidos, garantindo maior economia de combustível, melhor performance, menores níveis de emissões e maior silêncio a bordo.

A potência chega a 75 cv e o torque, a 10,7 kgfm a apenas 3.250 rpm, ambos com 100% de etanol. Com gasolina, a potência é de 71 cv e torque de 10,0 kgfm.

Construído em bloco de alumínio, o motor 1.0 Firefly foi desenvolvido para ter durabilidade mínima de 240 mil quilômetros, informou a Peugeot.

Com a chegada do novo 208 1.0 a marca passa a dispor de duas opções adicionais na entrada de gama da família 208, as versões batizadas de Like e Style, ambas com câmbio manual de cinco (5) velocidades.

alta3279jpgsrgbalta2-628f7e5b1cd42Fotos: Stellantis / Peugeot / Divulgação

O Peugeot 208 Like vem de série com itens bastante valorizados pelo consumidor, com destaque para a central multimídia Connect com tela de 10,3 polegadas, com conexão wireless de Android Auto e Apple CarPlay.

Mas esse não são é o único diferencial, o modelo oferece o DNA Peugeot com as luzes diurnas em LED (DRL) no formato de “Dente de Sabre”, vidros e retrovisores elétricos, entradas USB, airbags e controle de estabilidade e tração, entre outros.

Logo acima dele está o 208 Style. Como diferencial em relação à Like, podemos destacar elementos que dão um toque a mais de agressividade e sofisticação, como a grade exclusiva em Dark Chrome, os faróis com detalhes cromados e tecnologia Full LED, e luzes DRL.

As capas dos retrovisores são em preto brilhante, enquanto as rodas de 16 polegadas recebem acabamento escurecido (Dark Style).

Na traseira, o aerofólio em preto brilhante fecha o acabamento Black Diamond e a saída de escapamento com ponteira cromada dá um toque de esportividade.

O 208 Style ainda agrega teto panorâmico, que amplia o requinte e a sensação de liberdade para quem viaja a bordo, além de bancos com revestimento Style, Wireless Charger para carregamento de smartphone por indução e, para completar, sistema Visiopark 180º, com câmera de ré com projeção, sensores de estacionamento traseiros.

A denominação Style é identificada em badges posicionadas no exterior e interior do veículo.

Abaixo, os principais itens que compõem cada uma das novas versões.

PEUGEOT 208 Like 1.0 Firefly | Câmbio manual MT5:

  • 4 airbags
  • Volante Sport Drive
  • Central Multimídia PEUGEOT Connect 10,3 polegadas
  • Espelhamento sem fio
  • Luzes DRL “Dentes de Sabre”
  • 2 entradas USB
  • Alarme perimétrico
  • Retrovisores externos elétricos
  • Vidros elétricos
  • ESP + TC

PEUGEOT 208 Style 1.0 Firefly | Câmbio manual MT5:

Todo o conteúdo da versão anterior acrescido de:

  • Faróis Full LED
  • DRL (luzes diurnas de posição)
  • Grade exclusiva em Dark Chrome
  • Rodas 16 polegadas Dark Style
  • Aerofólio traseiro
  • Wireless charger (carregamento de smartphone por indução)
  • Bancos e tapetes exclusivos Style
  • Badge Style
  • Teto panorâmico
  • Visiopark 180º (câmera + sensor)

Divergência de Preços – No material de imprensa disponibilizado pela Peugeot, o 208 1.0 Like tem o preço sugerido de R$ 72,99 mil. Já a versão Style tem o preço de R$ 79,99 mil. É destacado que esses preços são “de lançamento”.

Porém, ao consultarmos o site oficial da própria Peugeot, hoje, verificamos que a versão Like tem o preço sugerido de R$ 89,89 mil enquanto, a Style, tem o preço de R$ 94,99 mil.

Diante dessa divergência o nosso colaborador, Amintas Vidal, entrou em contato com a maior concessionária Peugeot de Belo Horizonte (MG). Foi informado que coube a mesma um lote de 25 unidades (ainda não entregues) com os preços informados no material de imprensa.

Porém, segundo a concessionária, já foram vendidas 21 unidades. Quando forem vendidas as 4 restantes, o preço praticado será o que hoje verificamos no site da Peugeot.

Podemos concluir que os preços anunciados à imprensa, e destacados por diversas publicações do setor como sendo o pulo do gato (desculpem o trocadilho infame) da marca para enfrentar a concorrência, referem-se a um número limitado de unidades.

A assessoria de imprensa da Peugeot nos informou que houve um erro no site da marca quanto aos preços publicados e que os mesmos serão corrigidos.

Ocorre que, mesmo que isso seja verdadeiro, não altera o fato de que a concessionária de BH conta com somente 25 unidades com o “preço de lançamento”.

E que essa mesma concessionária informou que, a partir da 26ª unidade vendida, o preço será aquele que a assessoria considerou como sendo um erro de informação do site.

Ou seja, a Peugeot deveria ser mais clara e informar quantas unidades da versão Like e quantas unidades da versão Style serão agraciadas com o tal “preço de lançamento”.

Ou, ao menos, o período de tempo durante o qual esses preços serão praticados. Vamos aguardar.

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Lexus NX350h passa por recall

Da Redação

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A Toyota do Brasil informou sobre abertura da Campanha de Chamamento Preventiva (recall) dos veículos Lexus NX350h, fabricados entre novembro de 2021 e janeiro de 2022. 

Esta campanha abrange um total de 34 unidades de todos os modelos envolvidos. 

Defeito apresentado: As unidades envolvidas possuem um software do módulo que gerencia o controle de estabilidade do veículo (denominado simplesmente como VSC – Vehicle Stability Control), e este apresenta programação incorreta e pode ser desabilitado de forma não-intencional.

Esta desabilitação ocorre quando o motorista desliga, de forma intencional, o VSC do veículo, e, após isso, desliga e liga a ignição com o pedal de freio pressionado. Caso isso ocorra, o VSC não irá retornar para a configuração padrão de estar sempre ligado no próximo ciclo de ignição, e uma luz indicativa de que o VSC foi desligado aparecerá no painel.

Com isso, o carro se locomoverá sem a funcionalidade do controle de estabilidade habilitada. Esta condição irá prejudicar o sistema de auxílio de controle de estabilidade.

Riscos e implicações: A condição apresentada acima pode fazer com que o sistema VSC fique desabilitado e a luz de advertência do VSC OFF acenda no painel de instrumentos.

Nesta condição, o motorista não terá auxílio do sistema do controle de estabilidade do veículo, implicando a perda do auxílio de estabilidade do veículo, aumentando o risco de acidente com danos materiais ao veículo e lesões físicas graves, especialmente durante a condução em terrenos com baixa estabilidade.

Medidas corretivas: A Campanha será feita em 1 etapa, com início do reparo definitivo a partir do último dia  16 de maio de 2022, e consistirá na reprogramação do software do módulo de controle de estabilidade (VSC).

O tempo de reparo é de até duas (2) horas.

Locais de atendimento e agendamento: O proprietário deverá entrar em contato com a Rede de Concessionárias Autorizadas Lexus para agendamento prévio. A relação de concessionárias autorizadas para atendimento está disponível no site www.lexus.com.br

A Toyota esclarece que a presente campanha será realizada de forma gratuita ao consumidor.

Modelo

Data de fabricação

Chassis envolvidos (ordem não sequencial)

Código alfanumérico

Últimos 7 dígitos

Lexus
NX350h

17/11/2021 a 21/01/2022

JTJCKDEZ

2000864 a 5001331

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Toyota lança linha 2022 do RAV4

Da Redação

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A Toyota segue com sua estratégia de fortalecer sua oferta de veículos eletrificados no País e anunciou a linha RAV4 2022. A partir deste ano, o SUV recebe atualizações no sistema de segurança e no design.

Com essa novidade passa a oferecer em seu portfólio de veículos eletrificados quatro modelos no Brasil: Corolla híbrido flex, Corolla Cross híbrido flex, o recém anunciado sedan grande Camry e o RAV4.

O veículo já se encontra disponível em todas as concessionárias da marca Toyota no território nacional.

Disponível na versão de acabamento SX Connect Hybrid, o SUV alia conforto e sofisticação e é equipado com um motor 2.5 DOHC 4 cilindros, que, somado ao motor elétrico, resulta numa potência máxima de 222 cv, além de contar com um refinado acabamento interno e um robusto pacote de tecnologias de conveniência à disposição.

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Outro ponto que foi reforçado na linha 2022 do SUV é a segurança com incremento de importantes itens, além de atualizações do pacote de segurança ativa da marca, o Toyota Safety Sense (TSS)

O novo híbrido Toyota conta com bancos revestidos de couro com detalhes de material sintético. O volante e a manopla de câmbio também receberam cobertura de couro, com detalhes em prata, igualmente presentes nas maçanetas. 

No RAV4, o acabamento é em black piano e prata, ambos com detalhes cromados. O modelo possui teto solar wide moonroof com abertura elétrica e sistema de iluminação ambiente em LED.

A nova linha do utilitário esportivo da Toyota recebeu novos itens de segurança. A partir de agora, o RAV4 passa a contar de série com Alerta de Ponto Cego (BSM), Alerta de Tráfego Traseiro (RCTA) e alerta para utilização dos cintos de segurança traseiros. 

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Além disso, o Sistema de Pré-Colisão Frontal (PCS), que faz parte sistema de segurança ativa (TSS), passa a detectar também pedestres e ciclistas com frenagem automática de emergência.

Fazem parte do pacote TSS, ainda, o Controle de Cruzeiro Adaptativo (ACC), Sistema de Alerta de Mudança de Faixa com condução assistida (LDA) e Farol Alto Automático (AHB).

É importante observar que esses sistemas são projetados para auxiliar o motorista em situações adversas de direção, e não para substituí-lo.

A lista de segurança passiva do veículo inclui sete airbags (dois frontais, dois laterais, dois de cortina e um de joelho para o motorista).

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Também estão inseridos o Controle de Estabilidade (VSC), Assistente de Partida em Rampa (HAC), freios ABS com EBD, Assistência à Frenagem de Emergência (BAS), Luzes de Freio de Emergência (EBS) e dois pontos de ancoragem ISOFIX, com dois pontos de amarração superior. O RAV4 ainda conta com Controle de Tração (TRC).

Como informamos no início, o RAV4 vem equipado com motor a combustão 2.5 DOHC 4 cilindros 16V VVT-iE de 178 cv a 5.700 rpm e torque de 22,5 kgfm a 3.600 rpm, e três motores elétricos THS II de 120 cv e 20,6 kgfm de torque.

Combinados, os propulsores resultam numa potência máxima de 222 cv. 

O SUV mantém a transmissão Hybrid Transaxle, que entrega acelerações mais lineares, que reduz ou aumenta continuamente as marchas e pode gerar alto torque em baixas rotações, e permite maior controle da condução, sem desperdiçar energia, para aprimorar o consumo de combustível.

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O motorista tem à disposição quatro modos de condução (Normal, Eco, EV e Sport), que se adaptam ao estilo de condução e, principalmente, ao tipo de terreno, entregando mais ou menos potência, além de maior eficiência e uma rodagem mais ecológica.

Com tração integral, o RAV4 conta com a suspensão McPherson, com barras estabilizadoras na dianteira e Wishbone, com barras estabilizadoras na traseira, com ajustes para melhorar a resposta do conjunto AWD, o que propicia maior controle de torque dinâmico e de estabilidade do veículo. 

A linha 2022 do utilitário recebeu atualizações no design frontal com uma nova identidade do conjunto ótico, para dar mais modernidade ao modelo, com um toque esportivo.

O veículo também recebeu mudanças no design das lanternas dianteiras, de LEDs, para maximizar o espaço dos faróis e contribuir com o conjunto visual.

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Outra novidade são os novos jogos de rodas de 18 polegadas de liga leve, que receberam um novo desenho, com configurações exclusivas de raios duplos em cinza-escuro.

O modelo híbrido da Toyota oferece infoentretenimento a bordo, por meio do sistema de áudio central multimídia, com tela de resolução HD e de 7 polegadas, com rádio AM/FM, função MP3, entrada USB e conexão para smartphones e tablets, por meio do espelhamento com Android Auto ou Apple CarPlay.

Já o computador de bordo tem tela TFT colorida de 7 polegadas.

O pacote de tecnologias de conveniência do SUV inclui ar-condicionado digital de duas zonas, com sistema S-Flow e abertura e fechamento da tampa do porta-malas com acionamento por chave ou pelo sensor de movimento, localizado debaixo do para-choque traseiro.

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Além disso, o console central vem equipado com carregador de celular por indução.

Como todos os produtos da marca Toyota no Brasil, o RAV4 tem garantia de 5 anos ou 100.000 km (o que ocorrer primeiro).

O RAV4 SX Connected Hybrid está disponível nas concessionárias da marca no País por R$ 301,14 mil.

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miniatura-siteFotos: Toyota / Divulgação

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Strada Ranch mostra acertos e erros da marca

Versão topo de linha da picape da Fiat utiliza motor 1.3 de até 107 cv

Amintas Vidal*  (Publicado no Diário do Comércio – Edição: 20/05/2022)

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O ano de 2021 foi o melhor da picape Fiat Strada no Brasil. Além de manter a liderança entre os utilitários leves, ela superou todos os outros automóveis, a primeira vez na história que ocorre essa inversão.

Este ano, no fechamento do primeiro quadrimestre, ela vem mantendo a escrita, registrando 29.675 emplacamentos, superando o hatch Hyundai HB20, o segundo colocado que, no mesmo período, registrou 25.263 unidades, segundo dados fornecidos pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

O DC Auto recebeu a Strada Ranch 2022 para avaliação, versão de topo de linha oferecida, exclusivamente, com o câmbio automático do tipo CVT.

No site da montadora, seu preço sugerido é R$ 122,49 mil. Este é o valor da versão na cor preta. As cores branca e vermelha custam R$ 876,00 e, as metálicas (prata e cinza), caros R$ 2,28 mil.

Tanto essa versão, como a Volcano, a segunda mais equipada, vêm completas de série e não oferecem opcionais.

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Os principais equipamentos da Strada Ranch são: central multimídia com tela de 7 polegadas e espelhamento de smartphones sem fio; volante com comandos do áudio e do computador de bordo e paddle shift para troca das marchas; carregador de celulares por indução; coloração marrom em parte do painel, do multimídia e no revestimento sintético que imita o couro aplicado aos bancos; rodas em liga leve 15 polegadas diamantadas e calçadas com pneus 205/60 R15 ATR de uso misto e estribos laterais.

Em segurança, os destaques são: quatro airbags (frontais e laterais); controle de estabilidade; controle de tração avançado (TC+); controle eletrônico que auxilia nas arrancadas do veículo em subida (Hill Holder); sensor de monitoramento da pressão dos pneus; sensor de aproximação com câmera traseira e faróis em LED.

Motor e Câmbio – O motor das versões automáticas é o mesmo Firefly 1.3 aspirado das manuais. Ele recebeu alterações para se adequar às novas normas do Programa de Controle de Emissões Veiculares (Proconve L7) que passou a vigorar este ano.

Com essas mudanças, perdeu 2 cv com etanol e 3 cv com gasolina. Em torque, foi apenas meio kgfm a menos com ambos os combustíveis.

Agora, este motor com quatro cilindros, oito válvulas, comando simples tracionado por corrente, com variação de abertura na admissão e na exaltação e que conta com alta taxa de compressão (13.2/1) rende a potência de 107 / 98 cv às 6.250 rpm e torque de 13,7 / 13,2 kgfm às 4.000 rpm sempre com etanol e gasolina, respectivamente. Antes das alterações, o torque máximo ocorria às 3.500 rpm.

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O câmbio é o automático CVT, o sistema que tem a variação continua das relações de marchas. Esse tipo de câmbio usa correia metálica e polias contrapostas que variam em diâmetro resultando em infinitas relações de marchas, entre a mais curta e a mais longa que o conjunto pode oferecer.

A Fiat programou sete (7) relações específicas para simular o uso de marchas escalonadas, no modo manual ou quando o motor é mais exigido.

O acoplamento entre o motor e este câmbio CVT é feito por um conversor de torque, assim como nos câmbios automáticos convencionais. A união dessas tecnologias confere vantagens e desvantagens no funcionamento do conjunto mecânico, como mostraremos posteriormente.

Projeto – Normalmente, as picapes compactas são projetos de hatches compactos muito modificados para receber uma caçamba, tanto nas variantes de cabine simples, quanto nas de cabine dupla.

Nessa segunda geração da Strada, a Fiat quebrou essa regra. No lugar de fazer um modelo a partir do Argo, seu hatch mais atual, ela usou partes de mais de um carro e criou um design original em relação aos mesmos.

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Portas e vidros dianteiros, coluna “A” e para-brisa vieram do Mobi. Estrutura frontal, mecânica e algumas peças saíram do Mobi, do Uno e do Argo. Na traseira, parte da arquitetura e da suspensão vieram do furgão Fiorino.

A nova plataforma foi denominada MPP e, segundo a montadora, conta com aços de alta e ultra resistência em 90% do projeto, característica que diminuiu seu peso em 34 kg e ajudará a obter boa classificação nos testes de colisão para avaliação da segurança estrutural do modelo.

Externamente, a nova Strada tem o design inspirado na Fiat Toro, a picape intermediária da marca. Luzes dianteiras definidas pela base do capô, linhas marcantes e fortemente ascendentes nas laterais e traseira alta e robusta são os principais elementos que garantem o mesmo DNA às duas picapes.

Diversas partes e detalhes parecidos finalizam essa receita externa que caiu no gosto do consumidor brasileiro e consolidou os dois modelos no topo das vendas na categoria de comerciais leves.

Mesmo abundante de equipamentos e peças de alguns modelos da marca, a cabine tem design totalmente novo. Todas as grandes partes internas foram redesenhadas: painéis, console, revestimentos das colunas e do teto.

Nenhuma delas é macia ao toque ou têm áreas acolchoadas, mas são bem injetadas e estão bem encaixadas. Nas outras versões, a monocromia prevalece, nesta, há as aplicações em marrom que formam dupla com o preto das outras peças, conferindo alguma sofisticação ao interior da Strada.

Acabamento – Essa versão Ranch, assim como a Volcano, tem acabamento em preto brilhante no miolo do volante e em partes do painel. Frisos em prata fosco e pequenos detalhes cromados adornam algumas peças e completam este conjunto,  melhorando a aparência interna.

Podemos dizer que o revestimento em material sintético que imita o couro, nas cores marrom e preto, dos bancos e do apoio de braço central é o grande diferencial da Strada Ranch. A bicromia do material e o padrão canelado das costuras nos assentos e encostos eleva a percepção da qualidade em relação às outras versões.

Compacta, a nova Strada oferece espaço sem sobras para quatro adultos. Um quinto passageiro fica bem apertado. Os comandos estão todos à mão e os encostos de braço das portas corretamente posicionados.

Sua ergonomia é acertada, mas falta regulagem em distância para o volante em todas as versões da picape, somente a altura dele pode ser alterada.

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Existe uma boa quantidade de nichos para celulares, copos e outros objetos, porém, eles não são muito amplos. Os bancos dianteiros são novos e muito eficientes. A espuma do encosto é rígida, dá boa sustentação ao corpo e suas laterais ressaltadas seguram muito bem os passageiros em curvas.

O banco traseiro tem encosto muito vertical, ângulo um pouco desconfortável. Tanto essa posição menos recostada, quanto o limitado espaço para as pernas neste mesmo banco, visam liberar maior área na caçamba, prioridade em uma picape. Em compensação, as portas traseiras abrem quase 80 graus, facilitando o acesso dos passageiros.

Números – O volume na caçamba das duas versões automáticas é o mesmo homologado para as equipadas com o câmbio manual (844 litros), mas a capacidade de carga caiu dos 650 kg para 600 kg de peso, provavelmente, uma forma de compensar as perdas do motor e o maior peso do câmbio CVT.

As versões pesam 1.235 kg, 41 kg a mais do que as equipadas com o câmbio manual. O tanque de combustíveis continua com 55 litros de capacidade

A tampa da caçamba desta nova geração ganhou assistência de mola por torção e ficou muito leve para abrir e fechar. Ela foi reestruturada e passou suportar até 400 kg quando aberta e o veículo estático. Quando fechada, ela impede acesso ao sistema de liberação do estepe, impossibilitando o seu furto.

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As dimensões da Strada Ranch são: 4,48 metros de comprimento; 2,73 metros de distância entre-eixos; 1,78 metro de largura e 1,57 metro de altura.

O vão livre do solo nas versões automáticas é de 196 mm, 14 mm a menos do que nas variantes com câmbio manual. Seus ângulos de ataque (23,4°), saída (28,7°) e central (21,6°) continuaram, praticamente, inalterados.

A Strada de segunda geração tem mais acertos do que erros em sua concepção. Ao usar elementos do Mobi e do Uno, modelos de entrada da marca, a Fiat garantiu um menor custo de produção para a picape e, consequentemente, um preço muito competitivo, característica comprovada pelo grande volume em vendas. Mas, não é possível ganhar em todas as pontas.

Essa mesma escolha limitou a disponibilidade de recursos técnicos e espaço físico para equipamentos não previstos no projeto original destes doadores.

Assim, a coluna de direção sem regulagem em distância, o ar-condicionado e o quadro de instrumentos analógicos e uma tela de multimídia pequena, por exemplo, são equipamentos mais simples que destoam do design elaborado e do porte avantajado da nova Strada.

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Tecnologias – A central multimídia é a menor oferecida nos modelos da Stellantis. Ao menos, ela mantém os botões físicos, arquitetura ideal. Ela é rápida em processamento e tem boa definição de tela e sensibilidade ao toque.

O espelhamento sem cabo por meio dos sistemas Android Auto e Apple CarPlay é muito rápido na conexão, tornando seu uso muito prático no dia a dia.

O áudio não tem preparação especial. Como na maioria destes sistemas comuns, a potência é pouca para reproduzir em volumes mais altos as músicas baixadas por streaming, mas a qualidade sonora sobressai mais do que o usual, principalmente na distribuição dos canais, criando uma agradável sensação espacial na cabine.

O computador de bordo é muito completo e permite algumas personalizações de exibição das informações nos visores fixos, algo que facilita obter estes dados de forma mais direta.

Entretanto, os números são pequenos e alternar entre as diversas páginas existentes no display central exige, no mínimo, toques em três botões diferentes que estão agrupados no conjunto de quatro teclas do lado esquerdo do volante, operação confusa e que exige prática para ser feita com segurança.

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Em um novo nicho no console central, aberto no lugar de um dos porta-copos,  existe um carregador de celular por indução eletromagnética. Seu tamanho e ângulo de apoio do aparelho estão corretos. Uma luz espia indica o seu funcionamento, outro acerto.

Mas, no celular que utilizamos, o carregamento funcionava por alguns minutos e essa luz mudava do azul para o vermelho, indicando anomalia, mesmo com a bateria bem abaixo dos 80%, limite de carga que programamos para ele.

A direção elétrica é muito leve em manobras, mas ganha mais peso do que o necessário em velocidades intermediárias. Nas velocidades mais altas, o peso é adequado para uma condução mais segura.

Os sensores de estacionamento e a câmera de marcha à ré com guias dinâmicas são imprescindíveis, pois a traseira da picape é muito alta e limita bastante a visibilidade para trás.

O sistema de ar-condicionado analógico compensa a simplicidade com eficiência no resfriamento e facilidade de operação. O volume da ventilação é intenso e o resfriamento do ar é rápido, mantendo a temperatura interna sem grande dificuldade.

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Esse ótimo trabalho só não é perfeito porque o sistema de circulação é tão ruidoso quanto é potente, isso, se compararmos aos equipamentos mais sofisticados.

As suspensões são elogiáveis, como na maioria dos modelos da Fiat. No caso, elas são preparadas para o trabalho e ficam muito rígidas quando a picape está vazia. Mesmo assim, entregam relativo conforto, sem oscilações exageradas.

Na traseira, mantendo o diferencial que já destacava a outra geração, existem molas parabólicas no lugar das helicoidais e um eixo em forma de ômega que permitem maior peso de carga e melhor transposição em estradas com pisos irregulares, respectivamente.

Câmbio automático CVT proporciona economia e conforto

O câmbio automático é o grande diferencial das versões Ranch e Volcano da Strada. Não apenas pelo conforto de guiar sem precisar usar a embreagem ou passar marchas, mas, muito, pela diferença dinâmica que este novo sistema propiciou à picape compacta.

Na Strada com câmbio manual, a relação das marchas é muito curta. Aos 110 km/h, engrenado na quinta velocidade, o motor já está girando às 3.450 rpm.

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Essa característica favorece o propulsor que tem torque máximo nessa faixa de giro, mas torna o deslocamento em estradas muito preso, “pendurado” no motor, e ruidoso, pois o isolamento acústico não bloqueia o seu barulho na cabine.

O câmbio CVT entrega relações de marchas muito mais longas. Engrenado em “D” (drive), em trechos planos da estrada e o mínimo de curso do acelerador, é possível atingir a relação mais longa do sistema. Nessas condições ideais, aos 110 km/h, o motor trabalha às 2.100 rpm.

O atrito dos pneus com o asfalto e o vento contra a carroceria é tudo que se ouve dentro do carro, mesmo assim, contidos. Além do conforto acústico, a picape desloca sem ficar presa pelo motor e de forma mais econômica.

É interessante observar que a sétima marcha simulada não é a relação mais longa que o sistema pode atingir. No modo manual, e nessa última marcha, quando voltamos para o automático, a rotação do motor cai 200 rpm.

Essa combinação do câmbio com variações contínuas, sete relações de marchas pré-programadas e acoplamento entre o motor e este câmbio por meio de um conversor de torque resultou em três comportamentos distintos de funcionamento do conjunto.

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Em acelerações progressivas, e com pouco curso no acelerador, as relações são multiplicadas de forma contínua visando manter o motor com a rotação mais baixa possível. Assim, o funcionamento é muito suave e silencioso.

No outro extremo, com o curso total do acelerador, as sete relações são acionadas e cambiadas no limite de segurança do funcionamento do motor, às 6.000 rpm, condição que extrai o melhor desempenho do modelo e garante segurança em ultrapassagens, um comportamento parecido com o dos câmbios automáticos convencionais, porém, muito ruidoso.

Com curso intermediário no acelerador, o câmbio tem um comportamento comum aos sistemas CVT. Ele multiplica as relações de marcha para deixar o motor mais próximo do giro ideal, isto é, a rotação fica alta e constante e o carro vai ganhando velocidade.

Essa situação procura extrair desempenho e consumo de forma mais equilibrada, mas não agrada muito, pois o ruído constante do motor incomoda mais que o progressivo.

Com o câmbio funcionando em automático, ou mesmo em manual, é possível trocar as marchas pré-programadas por meio das aletas posicionadas atrás do volante. Mesmo pouco permissivo, este recurso ajuda muito no uso do freio motor e nas reduções feitas em ultrapassagens.

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Dois recursos eletrônicos auxiliam na condução. A tecla Sport muda a resposta do motor ao acelerador. Ele passa trabalhar em rotações mais elevadas, priorizando o desempenho.

O recurso TC+ é uma programação do controle de tração que identifica uma roda sem aderência e aciona o seu freio para transferir o torque para a roda com tração, ideal para tirar a picape da inércia sobre pisos escorregadios.

Consumo – Em nossos testes de consumo rodoviário padronizado, a Strada Ranch foi um pouco mais econômica do que a Volcano. Nós realizamos duas voltas no percurso de 38,7 km, uma mantendo 90 km/h e, outra, 110 km/h, sempre conduzindo economicamente.

Na volta mais lenta, a Strada Ranch registrou 13,9 km/l e a Volcano automática atingiu 13,4 km/l. Na mais rápida, a versão com estilo country marcou 12 km/l, enquanto a variante mais urbana, 11,7 km/l, sempre com etanol no tanque.

No teste de consumo urbano rodamos por 25,2 km em velocidades entre 40 e 60 km/h, fazemos 20 paradas simuladas em semáforos com tempos cronometrados entre 5 e 50 segundos e vencemos 152 metros de desnível entre o ponto mais baixo e o mais alto do circuito.

20220426_152002Fotos: Amintas Vidal

Neste severo teste, o Strada Ranch registrou 7,9 km/l e, a Volcano, atingiu a média de 7,6 km/l, também com etanol.

Acreditamos que os tipos diferentes de pneus sejam os responsáveis por essa pequena diferença no consumo entre as versões.

Quando avaliamos a Strada Volcano CVT, dissemos que ela apresentava um melhor custo benefício em relação à versão Ranch. Na época, existia uma diferença de R$ 5 mil entre as duas, a mesma atual. Porém, seus preços estão R$ 2,8 mil mais elevados hoje.

Mesmo assim, os pneus de uso misto, os estribos laterais e o acabamento aprimorado só farão sentido aos que realmente fazem questão destas exclusividades, pois, se o valor proporcional desta diferença em relação aos preços das versões está menor, ele ainda continua sendo uma quantia elevada para estes equipamentos.

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BMW Série 3 ganha novo visual e tecnologia

Da Redação

Fabian Kirchbauer Photography

O antigo ditado popular de que em time que está ganhando não se mexe não se aplica a BMW. Veículo premium mais vendido no País, o BMW Série 3 ficará mais tecnológico, moderno e atraente, seja no sedan ou na versão Touring.

Na dianteira, os faróis e o duplo rim, foram redesenhados. As rodas têm novo design e as lanternas traseiras ganham novos desenhos.

A grande revolução é interior. Por dentro, o novo Série 3 passa a ser equipado com o BMW Live Cockpit Professional, composto por duas telas (com 12,3 polegadas e 14,9 polegadas) que são curvadas e rodam o Sistema Operacional 8, que dispõem a quantidade certa de informações, exibidas de maneira atraente e intuitiva, informou a fabricante.

Fabian Kirchbauer Photography

Similar ao sistema do BMW iX, a novidade promete revolucionar o cockpit do Série 3. Equipado com todos os assistentes de direção disponíveis na BMW, o novo Série 3 é compatível com conexão 5G nos mercados onde exista a infraestrutura.

Mais bonito, tecnológico, o novo BMW Serie 3 chega em breve aos mercados mundiais, incluindo o Brasil. Datas e novas informações serão oportunamente reveladas, disse a BMW.

Fabian Kirchbauer Photography

Fabian Kirchbauer PhotographyFotos: Fabian Kirchbauer / BMW Group / Divulgação

Chega ao Brasil a Yamaha YZF-R3 World GP 60th Anniversary Edition

Da Redação

Para comemorar o currículo da Yamaha na motovelocidade, chega ao Brasil a edição especial YZF-R3 World GP 60th Anniversary Edition, uma máquina feita para o uso diário e que carrega o DNA de mais de 60 anos de competições e vitórias.

A marca estreou em grandes prêmios mundiais em 1961, no GP da França, e desde então conquistou mais de 500 vitórias com pilotos como Phil Read, Giacomo Agostini, Wayne Rainey, Eddie Lawson, Jorge Lorenzo e Valentino Rossi.

O mais recente piloto a integrar esse esquadrão de elite, é Fabio Quartararo, atual campeão e líder da MotoGP na temporada de 2022.

Com produção prevista até dezembro de 2022, esta edição especial tem como destaques a pintura branca associada ao famoso Yamaha Speed Block em vermelho.

Vem com o number plate amarelo na parte frontal e para-lama dianteiro na cor vermelha. No tanque ainda conta com o emblema alusivo ao aniversário, juntamente com uma faixa vermelha também presente nas laterais da rabeta.

A edição especial ainda traz destaques dourados nas rodas, nos garfos e nos emblemas do diapasão, assim como os das equipes da Yamaha de fábrica.

Os manetes são pretos e há um emblema comemorativo especial na tampa da caixa de ar.

A nova YZF-R3 World GP 60th Anniversary Edition estará disponível na rede de concessionários Yamaha na 2ª quinzena de maio, e tem o preço público sugerido de R$ 30,89 mil + frete, e para o Estado de São Paulo, R$ 31,90 mil + frete.

Um breve olhar sobre a YZF-R3 já é o suficiente para notar que ela carrega o DNA R Series da Yamaha, presente nas superesportivas YZF-R6 e a YZF-R1.

Essa inspiração pode ser notada, sobretudo, no design da parte frontal da carenagem com os dois faróis e luzes de posição inteiramente em LED, e no duto de entrada de ar em forma de M, inspirado nas YZR-M1 do campeão Fábio Quartararo.

Esse duto central entre os faróis tem a função de direcionar o fluxo de ar para o radiador, otimizando o sistema de resfriamento do motor. Toda a carenagem foi desenvolvida com a mais alta tecnologia em túnel de vento.

Também merece destaque, quando o assunto é design, o belo painel totalmente digital com caracteres grandes, indicadores reposicionados e excelente contraste. Seu visual é arrojado, com um layout mais limpo e leitura mais fácil e dinâmica.

Ele traz informações como indicador de combustível, indicador de marcha, conta-giros, indicador de consumo instantâneo e médio, hodômetro total e 2 parciais, relógio, indicador de troca de óleo e temperatura do líquido de arrefecimento.

Nele ainda estão as luzes indicadoras de setas, sistema de injeção, farol alto, neutro, pressão do óleo e Shift Light, que é extremamente funcional em uma motocicleta de caráter esportivo.

Utilizado em modelos de alta cilindrada, o Shift Light é uma luz de advertência para indicar que a rotação para a troca de marcha foi atingida.

Ele pode ser ajustado facilmente de acordo com a preferência do condutor, seja no nível de luminosidade (com três opções), na forma de acendimento (intermitente ou fixa), ou na rotação desejável a partir dos 7.000 rpm.

De concepção moderna, tanto no projeto quanto nos processos e materiais nobres empregados em sua construção, o motor bicilíndrico em linha da R3 tem a capacidade cúbica de 321 cc.

Ele conta com duplo comando (DOHC – Dual Over Head Camshaft), 4 válvulas por cilindro, arrefecimento líquido e alimentação por injeção eletrônica e é capaz de gerar potência e torque máximos de 42,01cv a 10.750 rpm, e 3,02 Kgfm a 9.000 rpm, respectivamente.

Nele, os pistões em alumínio são forjados (similar aos utilizados em motos de competição), e o cilindro utiliza tecnologia DiASil Yamaha, uma liga de alumínio e silício que proporciona menor vibração, melhor dissipação de calor e ganho em performance.

Contribui para agilidade e facilidade de ser pilotada, a união de seu baixo peso de 171 kg em ordem de marcha com à competente ciclística.

O chassi em aço do tipo Diamond com dupla trave superior e as suspensões, que conciliam resistência com leveza, promovem estabilidade e firmeza na pilotagem.

Os amortecedores dianteiros que equipam a geração são do tipo USD (Up Side Down) com 130 mm de curso.

A maior vantagem da suspensão invertida está em sua capacidade de oferecer maior controle e estabilidade na pilotagem. Em função da maior rigidez do conjunto, este tipo de suspensão é mais resistente à torções, principalmente em curvas e nas frenagens.

Na traseira, a suspensão da R3 utiliza o sistema do tipo Monocross, com balança assimétrica em aço, amortecedor único com sete regulagens na pré-carga da mola e curso 125 mm.

A YZF-R3 impressiona pela capacidade de frenagem em curtos espaços, freando tão bem quanto acelera. Na dianteira, o modelo é equipado com um sistema formado por uma pinça de duplo pistão e um disco ventilado do tipo flutuante com generosos 298 mm de diâmetro.

Na traseira, o conjunto é formado por um disco ventilado é de 220 mm, e por uma pinça com pistão único. Tanto o freio dianteiro quanto o traseiro contam com sistema ABS.

Fotos: Yamaha / Divulgação

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São Lourenço abre a temporada 2022 do BikeFest

Plataforma digital para inscrição gratuita e higienização das áreas do evento proporcionam maior segurança e conforto aos visitantes

Da Redação

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São Lourenço abre a temporada do BikeFest 2022, o melhor encontro de motocicletas do Brasil. De 20 a 22 de maio, a cidade no Sul de Minas Gerais recebe caravanas de motociclistas de vários Estados para uma grande festa na Praça João Lage.

No mesmo período, acontece o Festival de Blues e Jazz, com shows de artistas incríveis.

São Lourenço é uma cidade turística e, portanto, já acostumada a receber este tipo de encontro, com a oferta de infraestrutura de hotéis, restaurantes e atrações turísticas.

O evento atrairá milhares de pessoas e movimentará a economia da região.

A Production Eventos, responsável pela organização, desenvolveu uma série de ações para que o encontro seja realizado de forma segura e confortável, seguindo protocolos sanitários municipais.

Para melhor organizar e facilitar a vida dos participantes, a Production Eventos continua este ano a parceria com a plataforma virtual GoFree, que possibilita a inscrição gratuita e acesso dos visitantes às áreas comuns do evento.

O objetivo é que a organização possa fazer o controle de público, evitar superlotação nas áreas comuns e oferecer conforto a todos.

Para fazer a inscrição gratuita e ter acesso ao BikeFest São Lourenço, o visitante precisa entrar no site da GoFree (www.gofree.co) e acessar a página do BikeFest São Lourenço 2022, onde encontrará todas as informações sobre o evento, como datas, horários, atrações, programação e até a imagem do modelo de camisa da edição deste ano.

PHOTO-2022-05-11-11-01-29Fotos: Divulgação

O site é intuitivo e solicita o preenchimento de cadastro. Ao final, vai gerar um e-mail com sua inscrição para apresentar no dia do evento, impresso ou no celular.

Importante salientar: o acesso é gratuito e a inscrição servirá apenas para controle de público por parte dos organizadores.

Outra medida importante adotada pela Production Eventos diz respeito à segurança sanitária.

A parceria com uma empresa especializada em higienização (DCA Distribuidora) de São Lourenço permite que os ambientes fiquem protegidos não só contra o coronavírus, como também de outros vírus e bactérias nocivos à saúde.

O produto (chamado NippoBac Plus) é o mesmo utilizado em desinfecção de superfícies de centros médicos, inclusive UTIs, e forma uma espécie de película protetora e duradoura, além de ser inodoro.

A aspersão acontece todos os dias antes da abertura dos ambientes para o público, incluindo sanitários e a área de alimentação.

A mesma empresa contratada pela Production Eventos é responsável pela instalação e reposição dos diversos dispensers de álcool em gel, que vão ficar espalhados pelos ambientes, além do abastecimento constante de sabão líquido e papéis higiênicos e para mãos nos sanitários.

Calendário 2022:

São Lourenço (MG) – BikeFest e Festival de Blues e Jazz –  20 a 22 de maio

Tiradentes (MG) – BikeFest e Festival de Blues e Jazz – 22 a 26 de junho

Urubici (SC) – BikeFest – 16 a 18 de setembro

Outras informações: www.bikefestoficial.com.br

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Pulse Drive manual é o SUV de entrada da Fiat

Modelo é equipado com motor 1.3 aspirado capaz de render 98/107 cv de potência

Amintas Vidal*  (Publicado no Diário do Comércio – Edição: 13/05/2022)

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Que o Pulse é um sucesso, ninguém duvida, mas o SUV que debutou a Fiat no segmento vinha sofrendo com a falta de semicondutores. Em janeiro, ele registrou 3.192 emplacamentos, em fevereiro, só 1.843, e melhorou em março, com 3.650.

Em abril, a oferta foi ampliada e ele atingiu 5.520 unidades, tornando-se o SUV mais vendido entre todos oferecidos em nosso mercado, segundo dados fornecidos pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

O DC Auto recebeu o Fiat Pulse Drive 1.3 manual para avaliação, a versão de entrada da linha. Com motor aspirado e câmbio manual, ela estreou em outubro do ano passado custando R$ 79,99 mil, valor bem competitivo. Atualmente, no site da montadora, sua etiqueta registra R$ 89,99 mil.

Em apenas seis meses, este aumento é considerável mas, o preço ainda é atrativo, pois todos os outros SUVs compactos já bateram os três dígitos em seus valores, exceto essa mesma versão Drive com câmbio CVT, vendida por R$ 98,29 mil.

Nestes preços, a carroceria vem na cor preta sólida. As outras cores sólidas custam R$ 983,00, as metálicas, R$ 1,97 mil, e a branca perolizada, R$ 2,31 mil.

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Os equipamentos diferenciados do Pulse Drive são: multimídia com tela de 8,4 polegadas e Apple CarPlay e Android Auto sem fio; ar-condicionado digital; volante com regulagem em altura e comandos de áudio, telefonia, computador de bordo e controlador de velocidade; vidros elétricos dianteiros e traseiros com um toque e roda em liga leve de 16 polegadas escurecidas com pneus 195/60 R16.

No quesito segurança, alguns equipamentos se destacam: 4 airbags; controles de tração e estabilidade; controle de saída em inclinações; TC+ (controle de arrancada com baixa aderência); faróis e lanternas em LED; sensor de pressão dos pneus e sensores de estacionamento traseiros.

Motor e Câmbio – O motor é o Firefly 1.3 aspirado. Ele recebeu alterações para se adequar às novas normas do Programa de Controle de Emissões Veiculares (Proconve L7) que passou a vigorar este ano.

Com essas mudanças, perdeu 2 cv com etanol e 3 cv com gasolina. Em torque, foi apenas meio kgfm a menos com ambos os combustíveis.

Agora, este bloco com quatro cilindros, oito válvulas, comando simples tracionado por corrente, com variação de abertura na admissão e na exaltação e que conta com alta taxa de compressão, 13,2:1, rende a potência de 107 / 98 cv às 6.250 rpm e torque de 13,7 / 13,2 kgfm às 4.000 rpm sempre com etanol e gasolina, respectivamente.

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Antes das alterações, o torque máximo ocorria às 3.500 rpm. O câmbio é manual de cinco (5) marchas com embreagem monodisco a seco.

Nós já avaliamos o Pulse Impetus Turbo 200 CVT, versão mais equipada do modelo. Na ocasião, fizemos uma análise mais profunda deste novo projeto. Agora, resumiremos as informações mais relevantes e pontuaremos as diferenças entre as duas versões.

Grande evolução em relação ao hatch Argo, seu ponto de partida, o Pulse ganhou nova plataforma, mais segura e ergonômica. Diferentemente dos seus concorrentes diretos, Volkswagen Nivus e o Honda WR-V, essa modificação na sua base permitiu uma transformação melhor estruturada.

Os elevados para-lamas do Pulse são apoiados em chapas que integram a estrutura do monobloco e, não, em finas hastes agregadas ao mesmo, uma “gambiarra” que foi aplicada nos concorrentes mencionados.

Estrutura alterada à parte, a receita para transformar o Argo no Pulse é semelhante à destes concorrentes: capô e para-lamas dianteiros elevados, frente e traseira redesenhadas e laterais e teto adaptados.

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Suspensões elevadas e peças plásticas adornando a carroceria completam a caracterização fora de estrada, artifício comum aos aventureiros e SUVs.

No Pulse, para-choque e para-lama dianteiros, grades, faróis e capô foram redesenhados, conferindo robustez e grande diferenciação estética em relação ao Argo. As portas, o para-lama traseiro, a estampagem lateral e o teto são os mesmos do hatch.

Um prolongamento metálico do teto e um grande aerofólio plástico foram agregados à nova tampa do porta-malas, essa, igualmente projetada para trás, criando um volume traseiro destacado. Novas lanternas e o para-choque traseiro acompanharam essas mudanças.

Números – Os números que homologaram o Pulse Drive como um SUV pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) são: 20,4° de ângulo de entrada; 31° de ângulo de saída; 21,3° de ângulo central e 190 mm de vão livre do solo. A capacidade de submersão é de 400 mm.

Frente e traseira encorpadas ampliaram o comprimento do Pulse em relação ao Argo, foram mais 11cm, registrando 4,10 metros. As molduras das caixas de roda garantiram 6 cm extras na largura, chegando a 1,78 metro.

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Suspensões elevadas, rodas e pneus maiores e o rack no teto somaram 7,8 cm à altura, que atingiu 1,58 metro. Mudanças no ponto de fixação da suspensão ampliaram em 1,1 cm a distância entre eixos, ficando com 2,53 metros.

Aferido pelo novo método adotado pela Fiat, o porta-malas do Pulse comporta 370 litros mas, aparentemente, o espaço foi pouco alterado, cabendo no máximo 310 litros. São 10 litros a mais do que no Argo.

O tanque de combustíveis comporta 47 litros, 1 litro a menos do que no hatch. O Pulse Drive manual é o mais leve, 1.187 kg, 57 kg a mais do que o Argo Trekking 1.3 manual. Ambos suportam 400 kg de carga útil.

Interior – Internamente, a Fiat não economizou no Pulse. Painéis, central e das portas, o console e todas as partes que os compõe são completamente novas. O estilo é o mais atual, orientado na horizontal.

Formas trapezoidais são abundantes, estão em peças e recortes por toda a cabine. Segundo a Fiat, os bancos dianteiros do Pulse foram completamente reprojetados. Novas formas e espuma mais rígida seguram e sustentam melhor o corpo.

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Como esperado nesta versão de entrada, as peças apresentam as texturas existentes em versões superiores, mas sem aplicação de cores. Quase todas as superfícies são feitas em plástico rígido preto sem nenhuma pintura.

A exceção é um friso metalizado no painel principal e detalhes prateados ou cromados no volante e em alguns equipamentos de bordo. O tecido dos bancos é igualmente simples, monocromático, preto e cinza.

No mais, alguns detalhes não mudaram. Apenas o miolo do volante foi trocado, botões e aro são os mesmos usados no Argo e em outros modelos do grupo Stellantis.

Peças menos observadas, como as que revestem colunas e teto, e menores, como alavancas e alguns botões, também foram reaproveitadas. O banco traseiro é o mesmo do hatch.

Na cabine do Pulse, quatro adultos e uma criança se acomodam com conforto para um modelo compacto. Mas sem sobras. Em relação ao Argo, o Pulse tem ergonomia mais acertada.

Além das modificações nos bancos dianteiros, volante e pedais estão alinhados de melhor forma e os botões dos vidros elétricos estão menos recuados, mais ao alcance das mãos.

A volumosa alça das portas dianteiras do Argo foi eliminada, ampliando o espaço para as pernas de quem vai à frente.

Equipamentos – Os inúmeros equipamentos internos são controlados por botões físicos, giratórios para as funções principais e de pressão para as secundárias, arquitetura ideal.

Alguns sistemas apresentam operação duplicada onde, além dos botões, podem ser controlados por toques na tela do multimídia.

O ar-condicionado de zona única é eficiente em volume de ventilação, tempo de resfriamento e manutenção da temperatura. Em um único botão, ventilação e temperatura são ajustadas por rotação, bastando comutar as funções ao pressioná-lo.

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Sua cor se alterna entre branco ou azul e vermelho, indicando estar apto para regular intensidade de fluxo ou nível da temperatura.

As funções comandadas aparecem em barras na tela do multimídia. Nesta, também existe uma página dedicada ao sistema para operação totalmente por toques na tela. Não ter saídas de ar traseiras é a sua única falha.

O multimídia espelha sem fio o smartphone, estável e rapidamente. O computador de bordo é completíssimo e oferece informações múltiplas e facilmente comutadas.

Seu display fica centralizado entre os ótimos mostradores analógicos, mas ele é monocromático, não é dos maiores e apresenta informações em tamanho apenas razoável.

O sistema de som é simples. Tem boa qualidade em todas as frequências, mas pouca potência para reproduzir músicas de aplicativos de streaming em alto volume, limitação recorrente em equipamentos não assinados por marca especializada em sonorização.

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O volante traz os comandos para quase todos estes equipamentos e recursos. Os botões são bem dimensionados, distribuídos e identificados. Computador de bordo e telefonia à esquerda, controlador de velocidade à direita e sistema de áudio atrás, esses últimos de utilização cega, a forma mais segura.

Os sensores traseiros de estacionamento são essenciais, pois o Pulse tem frente e traseira muito altas, assim como a coluna “C” avantajada. Fazem falta os sensores dianteiros e a câmara de marcha à ré com linhas guias dinâmicas, o conjunto ideal para amenizar essas limitações de visibilidade.

Compacto oferece ótimo conforto de marcha e bom desempenho

A direção elétrica é muito leve em manobras, mas poderia ser mais progressiva, pois fica mais pesada que o ideal em velocidades intermediárias. Rodas menores e pneus mais estreitos, com ombros mais altos, mudam a resposta direcional desta versão em relação à Impetus.

Ao esterçar, o Pulse Drive movimenta mais a carroceria que o Impetus. É uma reação mais isolada do solo, mais confortável, porém, menos precisa.

O acerto das suspensões dos modelos da Fiat sempre foi elogiado. Em seu primeiro SUV, ela não erraria nessa característica tão relevante na categoria. Uma nova estrutura da suspensão foi projetada para o modelo, resultando em um ótimo conforto de marcha.

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Ela isola muito bem a cabine, para um carro compacto, relativamente leve e com rodas grandes. Entrega estabilidade em curvas, com inclinação contida da carroceria em uma condução responsável.

Certamente, o monobloco reforçado influenciou neste comportamento, pois a estrutura não aparentou torcer ao circularmos em estradas de terra com grandes desníveis no piso.

O conforto acústico não é tão elevado nessa versão com motor aspirado e câmbio manual. O vento contra a carroceria e o atrito dos pneus são contidos, como na versão Impetus, resultado de um ótimo isolamento acústico.

Mas o conjunto mecânico, motor, câmbio e diferencial, trabalham com maior aspereza e emitem ruídos audíveis ao interior do carro. O câmbio tem engates precisos e bom escalonamento das marchas, mas faz falta uma sexta velocidade para o motor trabalhar em regimes de rotação menos elevados em estradas.

Aos 110 km/h e de quinta marcha, o motor trabalha às 3.100 rpm. Nessa condição, já é necessário manter o pé constantemente no acelerador, pois, ao tirar, a curta relação e o arrasto aerodinâmico, somados, provocam queda na velocidade.

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Este motor não faz do Pulse um esportivo, mas entrega desempenho satisfatório e muita agilidade no trânsito urbano. Por ser elástico e ter relações reduzidas, ele alcança rotações elevadas rapidamente, próximas aos regimes de maior torque e potência, contribuindo, também, em ultrapassagens nas estradas.

O recurso TC+ é uma programação do controle de tração que identifica uma roda sem aderência e aciona o seu freio para transferir o torque para a roda com tração, ideal para pisos escorregadios em transposições no fora de estrada.

Essa tecnologia deixa o Pulse menos “SUV de shopping” do que a maioria dos concorrentes compactos.

Consumo – As curtas relações deste conjunto de tração não combinam com um baixo consumo de combustível mas, surpreendentemente, o Pulse Drive 1.3 com câmbio manual mostrou-se mais econômico que o Pulse 1.0 turbo automático CVT, conjunto que trabalha às 2.100 rpm quando o carro está aos  110 km/h.

Em nossos testes de consumo rodoviário padronizado, realizamos duas voltas no percurso de 38,7 km, uma mantendo 90 km/h e, outra, 110 km/h, sempre conduzindo economicamente.

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Na volta mais lenta, ele registrou 15,2 km/l, contra 13,7 km/l da versão 1.0. Na mais rápida, 13,1 km/l, contra 12 km/l da outra versão, sempre com etanol no tanque.

No teste de consumo urbano rodamos por 25,2 km em velocidades entre 40 e 60 km/h, fazemos 20 paradas simuladas em semáforos com tempos cronometrados entre 5 e 50 segundos e vencemos 152 metros de desnível entre o ponto mais baixo e o mais alto do circuito.

Nesse severo teste, o Pulse manual atingiu a média de 8,9 km/l, contra 7,6 km/l da versão 1.0 automática, também com etanol.

Nenhum carro no Brasil é barato, principalmente entre os SUVs. O Pulse é o SUV de grande volume em vendas que tem os menores preços.

Equipado com os faróis em LED e ar condicionado digital, mesmo nessa versão de entrada, algo raro abaixo dos três dígitos, o modelo caminha para a liderança da categoria.

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Essa versão manual é uma ótima opção para quem quer o primeiro SUV. Atende aos que estão com a grana contada ou curtem passar as marchas tradicionalmente.

Para quem pode pagar a diferença de R$ 8,29 mil, e deseja maior conforto, a versão Drive 1.3 com câmbio CVT é a melhor pedida.

20220420_172347Fotos: Amintas Vidal

*Colaborador

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